quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pós-modernidade (II)

Este texto foi escrito por meu grande amigo e irmão Reginaldo... leiam e comentem... ainda vai ter mais...

Queria dizer que dois dos pontos da pós modernidade se chamam a "tolerância" e "descrédito das instituições" e é muito interessante percebermos como esses conceitos sutilmente têm entrado nas mentes das pessoas "afrouxando" seus princípios morais e éticos.
 A TOLERÂNCIA é o que nos faz não ter mais coragem de abordar critica e inteligentemente questões como a homosexualidade, questões raciais, o preconceito e a impunidade. Ela tem nos feito achar normal coisas como a parada gay bastando apenas evitar cruzar o seu caminho para deixar em paz aqueles que pensam diferente nos abstendo de colocar de forma pertinente os valores do Reino em debate ou até mesmo confrontar.
Ao contrário. Hoje o que vemos são os cristãos gastando toda a sua "energia crítica" em buscar desesperadamente defeitos e pontos negativos em seus irmãos na fé impedindo que a igreja avance em meio ao mundo caído, e muito pelo contrário, se autodestrua.
O DESCRÉDITO DAS INSTITUIÇÕES pode parecer à primeira vista algo que não tem nada a ver comigo e com você. Mas vejamos o que acontece com a instituição básica da humanidade instituída por Deus, a família.
Será que hoje não está virando normal que a família seja apenas algo útil? Marcada pelo pragmatismo a nossa idéia de família limita-se a utilidade dela para nós enquanto ela nos veste, abriga e alimenta. Após as pessoas conseguirem prover essas necessidades básicas por si mesmas a família perde toda a influência sobre, principalmente, os jovens que passam a viver uma liberdade exarcebada e pegirosa permeada pela tolerância sem princípios ou com a famosa relativização da verdade: "Agora sou livre para achar verdade o que eu quiser. Ninguém interfere na minha verdade e eu não interfiro na verdade de ninguém. E a família que já não me veste, abriga e alimenta não pode mais dizer nada sobre minhas atitudes".
Isso é tão sutil que até os pais numa tentativa desesperada de impedir essa independência dos seus filhos usam argumentos deturpados para reivindicar sua autoridade, argumentos postos em descrédito pelo pensamento a pós moderno. Os pais dizem: "Enquanto você viver aqui eu nós pagarmos suas contas você faz o que nós dissermos". Infelizmente esta linha de argumentação é o que conduz os jovens de hoje a buscarem o dinheiro o emprego os concursos públicos e tudo nessa linha como uma forma desesperada de poder ter a liberdade de pensar, agir e argumentar. Viver com os pais após uma certa idade passou a ser coisa de pessoas que não conseguiram o sucesso ou que não possuem iniciativa.
 Estamos hoje vivendo um verdadeiro caos que começa a se tornar um ciclo perigoso para a manutenção da sociedade. Mais do que nunca os líderes das instituições deve prezar mais pelo relacionamento do que pelos resultados. Seja nas famílias ou nas igrejas a busca por resultados, objetivos ou metas em detrimento do amor, relacionamento e convivência (o que sempre gerou um sucesso natural dessas instituições) tem matado e implodido todo o potencial benéfico das mesmas na sociedade.
Se faz necessário aprender a viver no contexto pós moderno e mudar radicalmente a ênfase de pragmática para uma ênfase de relacionamentos e amor. Os pais ou pastores que quiserem fazer suas famílias ou igrejas progredirem tem de evitar em primeiro lugar planos, métodos, sistemas e receitas e voltar desesperadamente a amar as pessoas que fazem parte das suas instituições assim como Jesus fez sempre, a depender de Deus para definir seus próximos passos.
Não me lembro de nenhum texto bíblico onde Jesus ou os discípulos ensinem a mim e a você os "N passos" para o sucesso. Eles com certeza tinham seus planejamentos e é notório ver que houve um pensamento coordenado nas ações para o crescimento do reino, mas nunca a prioridade estava nos planos, mas sim nas pessoas. Eles sempre souberam que os planos vinham do Senhor nos momentos necessários. E se preocupavam em amar. Assim como Paulo orientou o "caminho sobremodo excelente" e o resumo da lei de Jesus.
Estamos embutindo o que deveria vir primeiro em nossos planos e planejamentos e não o inverso. Isso consiste no ataque atual à igreja, e a família. E a Pós modernidade tem levado a culpa de tudo isso. Quando na verdade a culpa é toda nossa, sua e minha.

2 comentários:

  1. Bom texto Regis!

    o que queria era acrescentar um pouco o pensamento que fiz no comentário anterior.Nessa época chamada de "pós-moderna" existe a chamada tolerancia e descredito das instituições, no entanto eu daria outro nome ou outra explicação.Vou citar um exemplo simples e bestinha. É o seguinte: você tem um balde e uma goteira em cima do mesmo. Quando a primeira gota cair você não vai se importar e assim sucessivamente.Mas quando o balde estiver quase cheio você começará a pensar nas consequencias e vai querer fazer algo.E é nessa fase que estamos. O balde está prestes a transbordar, se não já transbordou. Não acho q seja de fato uma intolerancia ou descredito de instituições não.É apenas cômodo.

    em breve... "justificado". em contrução!

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  2. Entendo o ponto, Rafa, mas por outro lado, a Bíblia nos diz que sempre haverá o mal, até que Cristo volte. E que, até lá, a tendência é piorar (milênio, perseguições, governo do anti-Cristo, etc - vide Apocalípse). Então não podemos achar que simplesmente a situação vai melhorar porque chegou num limite... Este limite ainda não chegou... este limite precede a volta de Cristo!

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